quinta-feira, 6 de março de 2008

A frustação é uma das barreiras a serem derrubadas pelo candidato reprovado no vestibular!


Apostilas, cadernos, números, fórmulas e até musiquinhas. Noites mal dormidas, dias bocejando, é, realmente o ano do vestibulante é um ano único na vida. Tudo em busca de um único objetivo: passar e começar uma nova etapa.


Boa parte de seu tempo foi gasto com essa preocupação, deixando de lado pais, namoradas ou namorados e suas diversões. Tudo isso vale a pena para conquistar esse objetivo.

Estamos em uma época de resultados. Os candidatos anseiam pelo famoso "banho de lama". O dedo na lista, os olhos brilham a procura de seu nome. Mas, o que acontece quando ele não acha?

A frustação na hora é inevitável, o pensamento de ter que fazer todo o esforço novamente ou te ter perdido um ano. É aí que entra o apoio daqueles que ficaram um pouco de lado para os estudos.

"Quando acontecer esta situação a família deve apoiar, conversar muito com o seu filho. O apoio dos amigos neste momento também é muito importante. É frustrante não ser aprovado no vestibular, mas fazer o que? Você tentou, se esforçou, apostou todos os seus conhecimentos, não adianta se culpar, tente novamente e não perca a esperança", recomenda a psicóloga Lisiane Sell.

Outra orientação é para os pais não ficarem se lamentando pelo fato de o filho não ter sido aprovado. Isso só gera nele mais angústia, frustação e baixa-estima. Todos ficam um tanto estressados na hora, mas mantendo a calma o vestibulando vai ter a estrutura de se reerguer e começar de novo, com uma vantagem: vai estudar o que já sabe, e as chances vão ser maiores de passar em um novo teste.

Carta ao vestibulando


Você resolveu ingressar em um curso superior. A escolha deve ser sua, de ninguém mais. Certamente, sua opção será por uma faculdade cujo diploma tenha reconhecimento no mercado de trabalho. Esse tipo de faculdade é muito procurado, e a relação entre o número de vagas e o de candidatos interessados exige que eles entrem em competição. Você terá de disputar sua vaga, concorrer por ela.

O vestibular é um concurso como tantos outros; destina-se a selecionar os candidatos mais bem preparados para ocupar as vagas disponíveis. Será o primeiro grande desafio de sua vida adulta. Não será o último: haverá muitos outros, como a procura de um emprego e a manutenção de um emprego...

Os alunos do Ensino Médio, em sua maioria, estudam em véspera de prova para tirar uma certa nota que lhes possibilite passar de ano. Não estudam com a finalidade de aprender. Agora as coisas vão mudar: a situação exige nova postura, mudança de hábitos.

Organização é a palavra chave. Na vida há tempo para tudo; a sabedoria está em saber distribuí-lo entre o estudo, a convivência familiar, a prática esportiva e o lazer.

Como você deve orientar-se no estudo?

De manhã, participe ativamente das aulas. Concentre-se na exposição de seus professores. Resolva com garra os exercícios propostos por eles. Resultado: você terá ENTENDIDO as aulas da manhã. Em casa, faça os exercícios correspondentes e... APRENDA. A aprendizagem se faz em dois tempos: 1o tempo, na sala de aula; 2o tempo, em casa.

Arranje um espaço conveniente para estudar em casa, com uma mesa com gavetas e uma estante para os livros. Procure estar com sua família durante as refeições e peça que não toquem em assunto de vestibular.

Sem dúvida a alimentação oferecida em sua casa é adequada, mas das horas de sono é você quem deve cuidar, para levantar-se com disposição. A prática esportiva e o lazer vão depender da sua boa organização de vida. A meta é que você chegue ao vestibular com preparação intelectual, física e psicológica. O equilíbrio desses três fatores determinará o seu rendimento final.

Nunca se preocupe com o que os outros sabem. Você, no fundo, vai competir consigo mesmo, à procura da superação dos seus próprios limites.

Sucesso!

Nicolau Marmo

Coordenador-geral do Sistema Anglo de Ensino

Descubra a sua receita de estudo para o ano de vestibular



Planejamento, rotina e organização ajudam no bom desempenho.


Confira as orientações de especialistas ouvidos pelo G1.



Se você já prestou vestibular no ano passado e não conseguiu a vaga ou se está no terceiro ano do ensino médio e pretende garantir seu espaço em uma boa faculdade, a hora é de planejar os esforços.


A estratégia é básica: estudo. Mas há maneiras de otimizar o tempo e a apreensão de conteúdo.


É isso o que revelam os especialistas ouvidos pelo G1. “É necessário encaixar uma rotina de estudo o mais perto do início do ano possível. Estudar sem organização é ruim e não adianta se basear no ritmo de outra pessoa. É preciso encontrar sua própria receita”, afirma o coordenador de matemática, Edmilson Motta. Segundo ele, não há receita genérica, mas uma orientação é básica para todos: estabelecer um cronograma de estudos semanal, em que todas as matérias sejam estudadas e ser coerente com a dedicação – se você quer passar em medicina, terá de estudar mais do que para passar em um curso menos concorrido. É o caso de Bruno Butturi Varone, 17 anos, que quer se tornar médico. No último vestibular, ele não conseguiu ir para a segunda fase da Fuvest, que seleciona alunos para a Universidade de São Paulo (USP) e Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, por três pontos. “Vou fazer cursinho pela manhã, chegar em casa e estudar até umas 19h30”, conta. “Acredito que, de todas as matérias, preciso melhorar em português e história.” Já no início do ano, quando as aulas do cursinho são mais simples, Bruno pretende resolver vestibulares anteriores de processos seletivos que vai se inscrever. O professor Motta dá outra dica: “Enquanto o cursinho começa com as coisas mais básicas, é possível estudar algum tema que tenha mais dificuldade”.

Orientações

1 - Estabeleça uma rotina com disciplina e organização para o estudo diário. Em uma semana, todas as matérias devem ter sido estudadas.

2 - Exercite as matérias que teve aula no dia. Não se restrinja a uma só disciplina por dia, pois essa estratégia costuma não funcionar. Mesclar assuntos fáceis com difíceis melhora o rendimento.

3 - Não deixe que sua atenção dos estudos se perca na televisão ou em conversas com os amigos na internet.

4 - Aproveite as primeiras semanas de aula, com matérias mais básicas, para estudar conteúdos que você tem dificuldade.


5 - Não faça um plano de estudos ambicioso demais para não ficar com culpa, caso não consiga completá-lo.

Trabalho e estudo

O sonho de Cristiane Mota dos Santos, 25 anos, é se tornar uma cardiologista. Mas, para isso, terá primeiro que passar por um vestibular. Este ano ela pretende conciliar trabalho e estudo para competir por uma vaga. “Sou auxiliar de enfermagem e quero continuar estudando. Vou trabalhar meio período e fazer cursinho à tarde. Daí tenho a noite inteira para estudar”, conta. Para vestibulandos como Cristiane, que precisa conciliar estudos com trabalho, o coordenador Carlos Eduardo Bindi, orienta a não desperdiçar tempo. “Se o estudante quer se informar entra no computador e vê a notícia. Mas não deve gastar muito tempo nisso. Senão quando vai ver, o tempo de estudo acabou”, afirma.

No ensino médio

Quem está no ensino médio e tem a opção de fazer um cursinho simultaneamente às aulas da escola, deve pensar se agüenta o ritmo. De acordo com a coordenadora Vera Lúcia da Costa Antunes, vale a auto-crítica do estudante. “Um aluno que é estudioso e leva a sério um colégio bom, tem condições de passar no vestibular. Daí, a dica é fazer simulados durante o ano e se testar. Já quem está em uma escola mais simples, e que não vai ter toda a matéria, pode tentar um cursinho”, afirma. “Se o aluno vai aproveitar para fazer o cursinho junto da escola, não pode esquecer que ainda não tem o diploma do ensino médio. Não adianta nada passar no vestibular e reprovar na escola”, enfatiza o coordenador Alberto Francisco do Nascimento. “Mas muitas vezes o ensino do cursinho pode até ajudar na escola”, pontua.

Tirar dúvidas

A professora Vera acentua que tirar todas as dúvidas e não deixar acumular dificuldades é fundamental para a compreensão do conteúdo. “Um exercício que não sabe resolver pode fazer a diferença lá na frente, perto dos vestibulares. Principalmente para disciplinas de exatas, como química, física, matemática.”

E se você já passou por esse planejamento todo uma vez sem sucesso, a recomendação é uma só: bola pra frente. “É preciso sentar, parar, se concentrar para não ficar com o pensamento martelando no que já passou”, diz Nascimento.



GUIA DE ESTUDO

Roteiro traz os principais tópicos de cada disciplina que devem ser estudados para o vestibular.

Prova de vestibular pode dar medo: são apenas algumas questões para testar o conteúdo de todas as disciplinas aprendidas no ensino médio. Os especialistas concordam que organizar bem o tempo e o conteúdo a ser estudado é fundamental para o candidato se dar bem no exame.



GUIA DE ESTUDO: BIOLOGIA

Os tópicos da disciplina que devem ser estudados para as provas.

O professor Sezar Sasson, supervisor de biologia, dividiu a disciplina em tópicos fundamentais. Segundo Sasson, estes são os assuntos mais relevantes e não podem deixar de ser estudados para as provas dos maiores vestibulares do país.

. Metabolismo celular: substâncias que compõem a matéria-viva (carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos) e seus papéis. Metabolismo energético (fermentação, respiração e fotossíntese) e controle genético da atividade celular (DNA e seus papéis).

. Biologia celular: tipos de células (procariótica e eucariótica); estrutura da membrana plasmática e modalidades de transporte; estrutura e função dos orgânulos citoplasmáticos e dos componentes do núcleo; mitose e meiose e sua relação com o crescimento e a reprodução.

. Genética: aplicar as Leis de Mendel aos casos de herança de um par ou de dois pares de genes; os casos de alelos múltiplos,como a herança dos grupos sangüíneos, e os relacionados aos cromossomos sexuais (daltonismo e hemofilia); segregação independente e suas diferenças com o linkage (ligação gênica). interação gênica e herança quantitativa.
Observação: quanto aos tópicos DNA, biologia celular e genética, lembrar dos temas atuais biotecnologia, células tronco, clonagem reprodutiva e terapêutica, terapia gênica, utilização do DNA para verificação de paternidade etc.

. Evolução biológica: variabilidade, suas fontes, os processos de seleção natural e da formação de novas espécies (especiação); teorias da evolução (lamarquismo, darwinismo e teoria sintética); fundamentos da genética de populações (teorema de Hardy-Weinberg).

. Grupos animais: características gerais dos grupos zoológicos, suas adaptações ao ambiente em que vivem, com ênfase nos artrópodes e nos cordados, pela sua importância ecológica.

. Fisiologia animal: mecanismos da digestão, circulação, respiração, excreção, e dos sistemas nervoso e hormonal nos grupos animais, com ênfase nos mamíferos e, particularmente, na espécie humana.

. Grupos vegetais: características gerais de briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas; noção do ciclo reprodutivo haplodiplobionte e dos mecanismos de dispersão.

. Fisiologia vegetal: noção da fisiologia da água (transporte, transpiração, abertura e fechamento dos estômatos), regulação hormonal do crescimento e fisiologia da fotossíntese (fatores limitantes e ponto de compensação).

. Monera, protista e fungi: importância ecológica, industrial e médica de bactérias, protozoários, algas e fungos.

. Ecologia: conceitos fundamentais (população, comunidade, ecossistema, biosfera); diferenças entre nicho ecológico e habitat; fluxo de energia (cadeias e teias alimentares) e ciclos da matéria, principalmente carbono e nitrogênio; interações biológicas (mutualismo, comensalismo, parasitismo etc.); noção da sucessão ecológica e dos tipos de poluição; noção dos biomas brasileiros.

. Parasitoses brasileiras: as principais protozooses e verminoses brasileiras, seus causadores e transmissores, seus ciclos vitais e a possibilidade de sua interrupção.



GUIA DE ESTUDO: FÍSICA


Provas testam os conceitos da disciplina e não os cálculos.

Os principais vestibulares do país apresentam questões de física com ênfase nos aspectos conceituais da disciplina, relacionando-os a situações cotidianas. "Não há mágica, estudar privilegiando o conceito e não as continhas é a receita'', diz José Roberto Castilho Piqueira, professor titular da Escola Politécnica da USP e autor do Sistema Anglo de Ensino, em texto sobre como se preparar para o exame. Segundo Piqueira, os assuntos listados abaixo requerem especial atenção na hora de estudar.

. Mecânica: além de ser um tópico muito solicitado, é imprescindível para o bom entendimento dos outros pontos.

. Cinemática: situações práticas como percursos, aceleração e frenagem de veículos e encontros e ultrapassagens.

. Dinâmica: situações envolvendo polias, planos inclinados, planos horizontais montanha-russa, globo da morte, choques entre bolas de bilhar e explosões de granadas pertencentes ao dia-a-dia do estudante.

. Hidrostática: problemas sobre pressão em mergulhadores e submarinos, prensa hidráulica e corpos flutuantes.

. Termofísica: verificar se um paciente tem febre, escolher a roupa adequada ao clima, cozinhar alimentos e movimentar um motor são algumas das várias aplicações práticas do tópico.

. Óptica: como escolher um espelho retrovisor ou uns óculos ou como usar uma lupa.

. Eletrecidade: a água do chuveiro pode ser quente, morna ou fria. A pilha faz o radinho funcionar. Os sinais eletrônicos percorrem o mundo em frações de segundo.

. Ondulatória: as ondas do mar são apreciadas não só pelos surfistas, também proporcionam ao físico a idéia básica para a propagação de informação pelo espaço. Som, luz, ondas de rádio são ponto de partida da física moderna.



GUIA DE ESTUDO: GEOGRAFIA

Professores de cursinhos orientam o estudo da disciplina para as provas do vestibular

O professor Reinaldo Scalzaretto, supervisor de geografia, explica que as questões das provas avaliam a capacidade do aluno em entender e aplicar os princípios básicos da disciplina. Portanto, segundo Scalzaretto, ao estudar qualquer assunto de geografia todos os espaços geográficos devem ser:

. Localizados: há um intenso uso de mapas nas questões de vestibular e, para interpretá-los, deve-se investir um bom tempo no estudo de cartografia. As questões avaliam a capacidade de leitura dessa linguagem e de seu sistema de símbolos específicos.

. Comparados: embora os diferentes espaços geográficos tenham suas particularidades, é essencial que comparar o que se está estudando com outros lugares. Muitas questões exploram analogias, avaliando o grau de entendimento das leis geográficas.

. Explicados: todos os fatos geográficos têm causas e conseqüências e, por isso, a maioria das questões dos melhores vestibulares avalia o conhecimento sobre a formação dos espaços geográficos e as conseqüências disso.

. Relacionados: os fatos geográficos não acontecem de forma isolada. Eles se conectam às condições naturais e sociais do lugar onde ocorrem, o que explica a numerosa freqüência de questões interdisciplinares que relacionam os conhecimentos geográficos com outras informações.

. Dinamizados: não existe um espaço geográfico estático. Tudo está em perpétua mutação, embora muitas vezes as mudanças não possam ser percebidas na escala de tempo que se está usando. Muitas questões utilizam diferentes escalas de tempo, procurando avaliar a capacidade do aluno de entender as diferentes dinâmicas do espaço geográfico.

O professor diz que além dos pontos acima, os estudanres devem seguir as seguintes orientações:

1. Estudar com a meta de alcançar uma visão completa e abrangente de todos os tópicos do programa. A maior parte das questões avalia a abrangência de seus conhecimentos geográficos e não sua especificidade.

2. Entender as interdisciplinaridades. Os fatos geográficos não são isolados, mas inseridos em contextos naturais e sociais que envolvem conhecimentos de outras disciplinas.

3. Identificar os vocábulos específicos da geografia. Cada ciência tem seu vocabulário próprio e as questões de vestibular utilizam essa terminologia.

4. Usar mapas procurando visualizar no espaço geográfico os fatos que estão sendo estudados. Estabelecer nexos lógicos com outros fatos regionais ou mundiais.

5. Relacionar o que está estudando com o que já sabe, procurando tirar dessas relações leis geográficas que expliquem a realidade local ou regional. A visão global do espaço geográfico deve ser acompanhada do conhecimento de seus aspectos específicos.

6. Avaliar sua capacidade de analisar de forma crítica e coerente a produção e a transformação do mundo contemporâneo, marcado pela alta instabilidade das fronteiras. Esse tema tem sido usado em muitas questões, quase todas baseadas em análise de textos ou interpretação de mapas.

7. Identificar as relações entre a realidade brasileira e os processos gerais que regem o mundo contemporâneo, no que se refere à natureza e à sociedade.

8. Entender a alteração que a noção de tempo e espaço geográfico estão sofrendo. Muitas questões abordam a evolução das tecnologias de comunicações e de transportes, que aumentam a velocidade de ligação dos diferentes pontos do espaço mundial e ampliam a integração de pessoas e mercados.

9. Analisar a construção dos espaços geográficos, pensando nas transformações que são impostas ao meio ambiente. Esse tem sido o assunto de algumas das mais difíceis questões das provas de geografia e está relacionado às transformações do modo de vida das sociedades contemporâneas.

Os temas mais abordadosA professora Vera Lúcia da Costa Antunes, do curso Objetivo, diz que a análise de mapas, gráficos, tabelas e textos constitui a base das questões de geografia. Ela destaca os temas mais abordados:questões ambientais, formações vegetais, clima, demografia (população: PEA, pirâmides, IDH, etnia e escolaridade), urbanização (metropolização), agricultura brasileira, industrialização brasileira, comércio exterior, globalização, problemas do Oriente Médio (questão palestina, Líbano, Iraque, Irã e Afeganistão), Índia, China, destaques europeus, EUA, destaques da América Latina (Cuba, Venezuela, Bolívia, Argentina e Chile) e problemas na África (Sudão, Nigéria e África do Sul).



GUIA DE ESTUDO: HISTÓRIA



Macrotemas direcionam as questões da disciplina nos exames dos processos seletivos.



As questões de história dos vestibulares cobram o conhecimento factual e também os aspectos analíticos e conceituais dos fatos. Para orientar o estudo, Jucenir da Silva Rocha, professor de História do Brasil, e Gilberto Marone, autor do Método de Ensino Anglo de História Geral, identificaram alguns macrotemas que norteiam as questões da disciplina nos exames dos processos seletivos.

. História do Brasil: ênfase às economias do açúcar e do ouro, no período colonial, e ao processo de independência política; expansão do café (importante para São Paulo e também um tema quase obrigatório na caracterização do período monárquico); a primeira metade do século XX e fases da República Velha e da Era Vargas.

. Atualidades brasileiras: relacionar questões presentes na mídia com a história passada é um bom critério para medir os graus de desenvoltura do raciocínio crítico. Exemplos de assuntos que podem ser cobrados nas provas são a questão agrária; as reformas da previdência e tributária, em pauta no Congresso Nacional; a recente atuação brasileira no plano internacional e do Mercosul, em particular; a violência urbana ou mesmo o cinqüentenário da Petrobras. As criações do cinema nacional contemporâneo também servem à abordagem dessas questões.

. História Geral: geralmente, há mais questões sobre História Moderna e Contemporânea do que sobre História Antiga e Medieval. O conhecimento de história tem sido avaliado através de interpretações de textos, citações de autores clássicos e até fragmentos jornalísticos.

Os tópicos de história mais frequentes nos vestibulares são:

. Idade Antiga: a História da Grécia e de Roma, especialmente a democracia ateniense e a formação e decadência do Império romano.

. Alta Idade Média: o islamismo, a configuração do feudalismo e a sua cultura.

. Baixa Idade Média: as transformações que deram origem ao renascimento comercial e urbano e a formação do Estado Nacional.

. Idade Moderna: o Renascimento e a Reforma Religiosa, a Revolução Comercial e o Estado Monárquico Absolutista. Deste período, deve-se ter conhecimento, não só dessa sucessão de episódios, mas principalmente dos fundamentos que os justificavam. Assim por exemplo: Martinho Lutero, João Calvino para a Reforma Religiosa; Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet para o Absolutismo. Ainda, no final da Idade Moderna, inspiradas no pensamento Iluminista, eclodem as revoluções liberais. Da mesma forma, deve-se observar aos fundamentos propostos por John Locke, Montesquieu, Rousseau, Voltaire e pelos fisiocratas, como também a relevante Independência dos Estados Unidos.

. Idade Contemporânea: a Revolução Francesa, suas causas e as suas fases, especialmente o conflito entre jacobinos e girondinos na Convenção Nacional; o Terror de Robespierre e a fase derradeira com o golpe 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. . Século XIX: a nova ordem política européia após a queda de Napoleão com o Congresso de Viena; as Revoluções liberais e nacionalistas, a Comuna de Paris, as independências na América Latina e o Imperialismo. Deste período, observe a importância do liberalismo de Adam Smith e o socialismo, especialmente de Karl Marx.

. Primeira metade do século XX: a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa de 1917 e a Crise de 1929 nos Estados Unidos. Deste período, observe a falência da democracia liberal e o surgimento dos Estados Totalitaristas (fascista e nazista) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

. Segunda metade do século XX: a Guerra Fria, especialmente as tensões internacionais dos anos 50 e 60 (Guerra da Coréia, Revolução Cubana e Guerra do Vietnã); a Nova Ordem fundada na globalização com a desagregação do Império Soviético, como também, o neoliberalismo, as nações emergentes, o fundamentalismo islâmico e os seus reflexos internacionais, o desempenho do FMI, da ONU e da OMC e a atuação do Império Norte-Americano.

Na hora da prova, os testes de múltipla escolha e as questões dissertativas exigem muita atenção para o entendimento do que se deseja precisamente como resposta. Por isso, os professores orientam a leitura atenta do enunciado e uma reflexão sobre a possível resposta, antes de conferir as alternativas de resposta. No caso das provas escritas, a redação deve ser objetiva e completa.


GUIA DE ESTUDO: INGLÊS



"Conhecimento de mundo" do candidato é importante na leitura do idioma e ajuda na hora da avaliação.

As provas de inglês dos vestibulares têm como foco principal leitura e interpretação de textos. De acordo com a surpevisora de inglês do Curso Anglo, Patrícia Senne dos Santos, os temas abordados geralmente são atuais e de fontes conhecidas, como as revistas "Newsweek", "Time", "Newscientist" e "The Econosmist."
Patrícia explica que o denominado “conhecimento de mundo” do aluno é muito importante para a leitura, pois o fato de já saber algo sobre o assunto abordado torna a leitura mais fácil.

Outras dicas da professora de inglês são:

. Faça uma observação geral do texto (título, fonte, data, ilustração, gráficos, tabelas, etc.);. Lembre dos cognatos, que são palavras em inglês com grafias semelhantes ao português e significados diferentes;. As palavras-chave geralmente aparecem mais vezes no texto;. Use o contexto para atribuir sentido ou, pelo menos, ter a noção de sentido de algumas palavras;. Ao escolher uma alternativa, lembre-se de justificá-la, ou seja, encontre no texto qual o argumento que garante a sua resposta.



GUIA DE ESTUDO: MATEMÁTICA



As provas dos vestibulares apresentam questões da disciplina com enunciados claros e, muitas vezes, relacionados ao cotidiano.

José Carlos Teixeira, supervisor de matemática, selecionou os assuntos de matemática mais requisitados nos vestibulares.
Confira os tópicos que devem ser estudados.

. Porcentagens: em situações do cotidiano;
. Aritmética: divisores e múltiplos;
. Equações e inequações elementares;
. Exponenciais, logaritmos e aplicações;. Seqüências, com destaque para PA e PG;
. Matrizes: multiplicação e matriz inversa;
. Determinantes: ordens 2 e 3;
. Propriedades;
. Sistemas lineares: resolução e discussão;
. Trigonometria: triângulo retângulo, relação fundamental, adição e duplicação de arcos;. Funções seno e co-seno;
. Análise combinatória: princípios básicos da contagem e estudo dos tipos de agrupamento;. Probabilidades em espaços amostrais equiprováveis, adição e multiplicação de probabilidades;
. Geometria plana: ângulos em polígonos convexos, semelhança de triângulos, relações métricas em triângulo retângulo, teorema dos co-senos, teorema dos senos, áreas das principais figuras planas e vazão entre áreas de figuras semelhantes;
. Geometria analítica: distância entre dois pontos, coeficiente angular de uma reta, equação da reta, posições relativas entre duas retas, perpendicularidade; distância entre ponto e reta, equação da circunferência, posições relativas entre reta e circunferência e;
. Geometria do espaço: estudo de prisma, pirâmide, cilindro circular reto, cone circular reto e esfera.


Na hora da prova, o candidato deve identificar as questões menos trabalhosas e iniciar a resolução do exame por elas. De modo geral, as perguntas têm sido elaboradas com enunciados claros e precisos, muitos deles relacionados ao cotidiano.




GUIA DE ESTUDO: PORTUGUÊS



Roteiro ajuda a estudar literatura e gramática e traz dicas para interpretação de texto e redação.

As provas de português dos vestibulares geralmente apresentam perguntas distribuídas proporcionalmente entre literatura, gramática e interpretação de texto e uma redação.
As questões de literatura concentram-se na leitura obrigatória indicada pelos processos seletivos. Segundo Dácio Antônio de Castro, supervisor de português, para responder à prova, o candidato deve ter conhecimento do conteúdo dos livros e fazer uma reflexão crítica sobre os temas abordados. Também são freqüentes questões que relacionam textos de diferentes autores.
Em gramática e interpretação de texto, o candidato será avaliado quanto à competência de operar criativamente com fatos gramaticais para compreender e produzir significados. As questões costumam apresentar enunciados claros e sem nomenclatura excessiva. Ao lado das perguntas mais criativas ocorrem também questões tradicionais, como as de correção de frases.

Confira as dicas do professor para estudar os tópicos da disciplina.

Literatura

. Dominar a linha evolutiva dos movimentos literários no Brasil e em Portugal e identificaros traços estéticos e ideológicos de cada movimento e seus respectivos contextos histórico-culturais; saber os autores mais representativos de cada época e as marcas estilísticas que os individualizam; ter conhecimento dos componentes internos de cada obra (enredo, personagens, foco narrativo, tema e símbolos importantes) e os cruzamentos possíveis entre elas.
. Conhecer os componentes estruturais das obras, valorizando seus aspectos mais relevantes:apreensão de enredo; procedimentos construtivos das obras; aspectos semânticos do texto;estilo particular dos gêneros.Gramática e interpretação de texto. Estudar com prioridade concordância; verbo (sobretudo a conjugação e o emprego dos tempos);classes de palavras (principalmente o papel na construção do significado do texto);análise sintática do período simples e composto; uso dos pronomes; pontuação e sua interferência no sentido da frase; processos de formação de palavras; regência; colocação; crase;acentuação gráfica; coesão; coerência; e recursos argumentativos.



Redação

Os exames costumam ser elaborados a partir de uma coletânea composta por textos, cartoons, quadros informativos etc. Após a leitura consciente dos dados, o candidato deve produzir uma dissertação com estrutura ortodoxa (introdução, desenvolvimento/argumentação e conclusão);apreensão do tema (delimitação e compreensão); abstração (trabalho com idéias, definições e conceitos); predomínio da argumentação (defesa de um determinado ponto de vista);levantamento das hipóteses explicativas (sobre dados e fatos fornecidos pela coletânea);encadeamento lógico (e não temporal); exposição de comentários (acerca do tema);utilização do tempo presente; exploração de recursos discursivos e lingüísticos (como melhor utilizar as palavras para dar consistência ao texto); coesão e coerência.




GUIA DE ESTUDO: QUÍMICA

Confira os assuntos da disciplina que devem ser cobrados nas provas.

Geraldo Camargo de Carvalho, supervisor de química, elaborou um roteiro com os tópicos de química que precisam ser revisados para as provas do vestibular. Confira abaixo.

. Estequiometria: relacionar a quantidade de substância (em mol) com a sua massa, seu volume, com a constante de Avogadro e verificar a proporção entre as quantidades (em mol) dos participantes de uma reação, dada pelos respectivos coeficientes na equação química.

. Química inorgânica: formulação, nomenclatura e propriedades gerais dos ácidos, bases, sais e óxidos. Propriedades particulares, obtenção e aplicações dos principais ácidos, bases, sais e óxidos. Reações de deslocamento e de dupla troca.

. Química orgânica: nomenclatura e formulação das principais funções. Isomeria. Principais reações orgânicas: oxidação (combustão em particular), redução, esterificação, saponificação, hidrólise e polimerização. Principais polímeros. Hidratos de carbono. Lipídios. Proteínas.. Soluções: concentração em mol/litro, gramas/litro e porcentagem em massa. Efeitos coligativos: abaixamentos da pressão de vapor e da temperatura de congelação; elevação da temperatura de ebulição; pressão osmótica.. Gases: equação geral (PV/T=K) e de estado (PV=nRT) do gás ideal. Densidade dos gases. Misturas gasosas: pressão e volume parciais.

. Termoquímica: conceito de entalpia de formação e de combustão. Cálculo da variação de entalpia em reações pela aplicação da lei de Hess e pelos valores das energias de ligação.



. Cinética química: fatores da velocidade de reação: temperatura, concentração, pressão (no caso de reagente gasoso), superfície de contato e catalisador.. Equilíbrio químico: conceito e cálculo da constante de equilíbrio. Deslocamento de equilíbrio. Princípio de Le Chatelier. Constante de ionização e força dos ácidos e bases. Cálculos da constante de ionização em função da concentração em mol/L e do grau de dissociação e vive-versa. Conceito e cálculos envolvendo pH. Hidrólise salina. Produto de solubilidade (Kps) e curvas de solubilidade.

. Eletroquímica: funcionamento da pilha. Cátodo, ânodo, pólos positivo e negativo. Conceito de potencial de redução. Cálculo da voltagem pelos potenciais de redução. Previsão de reações. Eletrodo de sacrifício. Eletrólise: aplicações , equacionamento das reações e cálculos de quantidades envolvidas.

. Ligações químicas: ligações iônica e covalente pelo modelo do octeto. Diferenças entre composto iônicos e moleculares quanto aos pontos de fusão, de ebulição e quanto à condutividade elétrica. Polaridade das moléculas. Previsão de solubilidade em função da polaridade. Ligações intermoleculares. Pontes de hidrogênio em particular.

. Radioatividade: natureza das emissões radioativas. Variação do número atômico e da massa produzidos nas emissões (partículas alfa e beta). Conceito de meia-vida.

. Química ambiental: principais poluentes do meio ambiente e o modo de minimizar seus efeitos. Chuva ácidas e seu impacto ambiental. Smog fotoquímico e suas conseqüências (efeito estufa). Preservação da camada de ozônio na atmosfera.

PREPARAÇÃO PARA AS PROVAS EXIGE DISCIPLINA SEM ABRIR MÃO DO LAZER

Universitários contam suas rotinas de estudo e dizem que é preciso encontrar formas de se organizar para passar no vestibular

Mathias Theodoro, 21, aluno do curso de direito da USP, estudava quatro horas por dia
Celso Tutiya, 21, dedicou três horas do seu dia além das aulas no colégio para estudar para o vestibular. Mathias da Silveira Theodoro, 21, estudou cerca de quatro horas a mais. Lucas Evilácio Silva Siqueira, 18, destinou uma hora além da escola para debruçar-se sobre os livros. Janaína Rabelo Cunha Ferreira de Almeida, 21, reservou três horas do dia para os estudos. Rafael Cappellano Brejão, 19, estudou quatro horas a mais por dia durante um ano. Resultado: todos foram aprovados nos cursos que queriam em universidades públicas.

Com rotinas de estudos semelhantes, os cinco universitários são unânimes em afirmar que preparar-se para as provas do vestibular requer disciplina e organização, mas não significa abrir mão da vida social, dos amigos e do lazer.


“Eu fazia cursinho de manhã e estudava mais três horas além das aulas. Não tinha uma rotina determinada, estudava de acordo com o que eu tinha vontade. Peguei firme no começo do ano para não deixar acumular. Não vale a pena o desgaste”, disse Celso, 1º colocado no curso de medicina da USP.


Mesmo estudando tantas horas por dia, Celso não abriu mão de sair com os amigos pelo menos uma vez por semana. “Fazia questão de ter um tempo livre para mim. Na véspera da prova eu estava supertranqüilo. Tinha certeza que tinha estudado o suficiente”, contou.
Aluno do curso de direito da USP, Mathias também procurou manter a vida social normalmente. Os finais de semana eram reservados para os amigos. “Eu me organizava durante a semana. Tinha em mente que a preparação tinha de ser bem feita e, por isso, eu estudava as matérias que tinha mais dificuldade com mais intensidade e fazia uma manutenção das outras. Dosagem é a palavra-chave”, disse.


Mathias reconhece que estudar para o vestibular às vezes causa frustração e desânimo, mas afirma que é preciso ter força de vontade. “É importante que o vestibulando saiba que se ele se planejar e estudar com disciplina ao longo do ano, ele estará preparado para a prova”, disse.


Lucas, que é aluno de engenharia na Poli/USP, disse que o candidato não precisa deixar de fazer as coisas que gosta para estudar para o vestibular. “A única coisa que eu deixei de fazer foi a minha aula de música porque não dava tempo. Mas isso foi apenas adiado, posso voltar a fazer a qualquer momento. Eu namorava e estudava para o vestibular, por exemplo. E isso nunca me atrapalhou”, disse.
Lucas não fez cursinho e afirmou que ter disciplina nos estudos é fundamental. “Se o aluno estudar o básico todos os dias sem abrir mão do que gosta, com certeza ele consegue ser aprovado.”


Aluna do curso de letras da Universidade Federal de Minas Gerais, Janaína também foi aprovada sem fazer cursinho. Com dificuldades em química, dedicava uma hora por dia para estudar essa disciplina e distribuía as demais nas horas que sobravam. “Fiz isso durante o ano todo. Só em setembro é que eu fiz um curso específico de redação porque isso era fundamental para ser aprovada no curso de letras”, disse.
Janaína disse que “manteve uma vida relativamente normal”. “Eu namorava, saía à noite e praticava esportes. Não vale a pena pirar por causa do cansaço. O segredo é saber dosar as coisas”, afirmou.


Já Rafael conquistou uma vaga no curso de direito da Unesp, em Franca, estudando todas as tardes em uma biblioteca. “Escolhi um lugar mais tranqüilo, onde eu teria certeza que não perderia a concentração e nem seria incomodado. Se a gente estuda em casa encontra motivos para ir à internet, para assistir televisão, para dormir”, disse.


O segredo para passar no vestibular, disse Rafael, foi a organização do tempo. “Não deixei de sair de casa por causa do vestibular, mas parei de tocar guitarra com meus amigos. Mas eu sabia que isso seria passageiro, era uma questão de prioridade. Hoje estou cursando a faculdade que eu queria e voltei a tocar guitarra”, contou.



ESTUDANTE DEVE SER DISCIPLINADO E MUITO ORGANIZADO


A preparação para o vestibular exige rigidez de horários e cumprimento de metas, mas alunos não devem abandonar o lazer.


Saber organizar bem o tempo e o conteúdo a ser estudado é fundamental para o candidato se dar bem no vestibular. “Cada aluno tem que ser um executivo: disciplinado, rigoroso, perseverante e atento a horários”, indica Maria Irene Maluf, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.


Segundo pedagogos e professores de cursinho, prestar atenção às aulas, estudar em um ambiente tranqüilo e manter a concentração no momento da leitura ajudam no processo da aprendizagem e memorização do conteúdo. Tentar fazer associações com elementos do cotidiano e outros temas estudados também são estratégias para fixar bem o assunto.


De acordo com a pedagoga Maria Angela Carneiro, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), não há uma fórmula mágica de como estudar. “Cada pessoa deve identificar a maneira que aprende melhor e aplicar isso no seu cotidiano”, afirma. “Tem gente que prefere fazer resumos, outros gostam de grifar o que estão lendo ou até mesmo falar em voz alta”, acrescenta. Segundo ela, estudar sentado, deitado, ouvindo música ou no silêncio também depende do jeito de cada um.


Para professores de cursinhos, a melhor forma de aprender é fazer exercícios e responder provas de vestibulares passados, assim o candidato testa seu conhecimento e se familiariza com o tipo de questão que pode cair no exame.

Quem faz cursinho ou está no 3º ano do ensino médio deve estudar diariamente as matérias ensinadas. “Aula dada é aula estudada, se o aluno vai para o cursinho de manhã, à tarde ele deve rever tudo o que aprendeu”, recomenda o coordenador de vestibular, Alberto Francisco do Nascimento.


Pelo menos quatro matérias diferentes devem ser vistas a cada dia. Segundo os professores, estudar apenas uma disciplina por muitas horas pode cansar o aluno. “Não adianta saber só uma matéria porque no vestibular vai cair tudo. Mesmo quem é muito bom em um assunto precisa saber também das outras disciplinas”, diz a coordenadora de geografia, Vera Lúcia da Costa Antunes.


Lazer No ano de vestibular, apesar de dedicar grande parte do tempo aos estudos, o candidato não pode deixar o lazer de lado. Fazer outras atividades, namorar e sair com os amigos no fim de semana ajudam a aliviar a tensão. “Se a pessoa não tem lazer, chega no final do ano esgotado. O equilíbrio emocional é importante no vestibular”, diz Nascimento.


QUANDO BATER O CANSAÇO, É MELHOR FECHAR O LIVRO

Segundo especialistas, não adianta tentar manter-se acordado à força, pois a fadiga do corpo prejudica o processo de aprendizagem
Se no meio do capítulo de história, ou na resolução daquele complicado problema de matemática, o estudante esfrega os olhos, sente sono ou até mesmo cochila, é melhor fechar o livro e ir dormir.
Não adianta tomar café, coca-cola, estimulantes, ou lavar o rosto. Segundo especialistas, o sono não vai passar com essas medidas paliativas. De acordo com a pedagoga Maria Angela Carneiro, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o cansaço e o sono atrapalham o processo de aprendizagem. “Tomar estimulante também não é indicado, pode fazer mal à saúde”, diz a pedagoga.
Algo que também é comum acontecer em meio ao estudo é a atenção se desviar para outras coisas. Você está lendo uma apostila de geografia, mas o pensamento está sintonizado no filme que vai passar hoje à noite na televisão.
“Quando isso acontece, é melhor parar um pouco, descansar e só depois voltar a estudar com a atenção totalmente voltada para a matéria”, orienta Maria Irene Maluf, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.